Wednesday, October 15, 2008

Dia mágico…

Assim diz o João, talvez com algumas nuvens.
No dia 4-09-2008 sábado, decidimos (enquanto almoçávamos calmamente com a amiga Patrícia) fazer windsurf para os lados do Jardim. Ou seja entre carregar material e viagem chegamos aos sptots às 15:30.
E que lindo que estava, no Jardim estava cerca de 1,5 a 2m perfeito, com vento suficiente(5.3, 5.7) no pico. Já lá estava o Chris a surfar. Fiz uma aposta com o João para ver quem era o mais rápido a entrar na água e claro que em casa de ferreiro espeto de pau, o rapaz esqueceu-se da extensão em casa …. lá para tristeza de ambos o João limitou-se a entrar de surf.
Montei a vela num ápice e com a ajuda do João entrei na água, quem conhece sabe que fizeram uma “bosta ” de um cais com uma rampa de acesso ao mar. É mais uma obra de merd…, pois quando estava a descer a rampa comecei a escorregar e acreditem, se não fosse o João(com sapatos) a me segurar teria ido bater à agua…J tanto é o lodo.
Atirei-me à água sem stress, e após levantar a vela, lá comecei a bolinar para o pico.
São interessantes esses minutos até apanharmos a primeira onda, no meu caso, com a visão de um pico a partir perfeito, fico com as pernas a tremer, a boca seca, e o corpo em completa tensão. Como uma vez disse o Emanuel Pombo, é isso que chamam adrenalina. É lindo, é um misto de prazer e medo que para mim é um privilégio sentir, felizmente, com alguma frequência.
Vamos ao que interessa, apanhei de facto muitas ondas e fui-me habituando ao spot, estava mesmo bom. Entretanto entraram mais surfistas, Manel, Adriano e Cego. E é tão bom apanhar as ondas todas os surfistas nem têm hipótese…
Como estava um dia tão bom, emprestei a prancha para o João apanhar umas ondas e aproveitei para surfar (para o surf a meu ver estava fraco). Na segunda volta de windsurf entrou o Bubu, dois é sempre melhor, e lá continuamos a apanhar ondas. Com o windsurf consegues apanhar a onda mais perto do pico sendo muito difícil para o pessoal do surf conseguir dropar, depois passas por eles a rir.
E foi numa dessas situações, umas das melhores do set, drop bem no pico, batida perto do Adriano, que resultou numa pequena distracção aliada à ingenuidade de pensar que conseguia sair da onda e lá tirei o bilhete para os cubos … a onda fechou, não consegui segurar o material e lá subi o pódio, resultou em um mastro partido, vela rasgada, nódoas negras pelo corpo e ego abalado.
Com a preciosa ajuda de um mirone consegui salvar a retranca e prancha, entretanto eu subi os cubos para ajudar, e digo-vos não é nada fácil, escorregam, as ondas a bater tornam difícil se manter em pé ou seja para os defensores daquela obra a maneira mais fácil de lhes demonstrar a porcaria que fizeram seria lança-los ao mar e obriga-los a subir os cubos. Acredito piamente metade deles chegavam a cima a chorar…. os outros ficavam empalados na muralha….
Para terminar, podia ter saído da agua naquele dia com uma coroa de louros e saí com uma de espinhos, mas é mesmo assim, como dizia uma publicidade da rip curl “If you don´t fall once in a while you are not trying hard enough” se for para andar sem arriscar nada mais vale ficar em casa a ver DVD´s.

Aqui vão as fotos possíveis, obrigado à Filipa.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home